Três estruturas da pele, derivadas da epiderme, são extremamente importantes na adaptação dos mamíferos ao meio terrestre: pêlos, que auxiliam no isolamento térmico; glândulas sudoríparas, que desempenham o papel importante na regulação da temperatura corpórea; e glândulas sebáceas, que lubrificam a pele e estruturas anexas.
Glândulas Sudoríparas
As glândulas sudoríparas dos mamíferos são glândulas que produzem o suor, função importante para regular a temperatura do corpo e eliminar substâncias tóxicas. São glândulas tubulares enroladas derivadas das camadas exteriores da pele mas se estendendo até a camada interna.
Elas estão distribuídas por quase toda superfície do corpo em humanos e várias outras espécies, mas não são encontradas em algumas espécies marinhas e que vestem pele, nem estão presentes em todos os vertebrados terrestres e não abrem na base dos folículos pilosos dos mamíferos.
As glândulas écrinas funcionam desde o nascimento, fazendo o suor ser eliminado por todos os poros. Prova disso é o suor típico de quando a temperatura do nosso corpo se eleva, seja por estarmos correndo, pulando, seja por causa de uma febre. Esse tipo de suor, o écrino, é composto quase que totalmente só de água, portanto não reage provocando grandes odores.
O suor humano é composto primariamente de água, com diversos sais e compostos orgânicos em solução. Ele contém quantidades mínimas de materiais gordurosos, uréia e outras excreções. O suor de outras espécies normalmente difere do humano em sua composição.
Em algumas áreas do corpo, as glândulas sudoríparas são modificadas para produzir secreções, incluindo a cera de ouvido. Outras são bastante alargadas, e modificadas para produzir leite.
Em algumas áreas do corpo, as glândulas sudoríparas são modificadas para produzir secreções, incluindo a cera de ouvido. Outras são bastante alargadas, e modificadas para produzir leite.
Glândulas Sebáceas
As glândulas sebáceas secretam uma substância oleosa chamada sebo, que é feita de gordura (lipídios) e outros resíduos de células produtoras de gordura que morreram. O sebo é produzido por células especializadas da pele.Ao microscópio eletrônico se observa que as células periféricas da glândula contêm tonofilamentos, refletindo sua origem epidérmica, e escassos lipídios.
À medida que os lipídios se formam, o glucógeno vai se consumindo, os tonofilamentos vão se deslocando e o citoplasma se enchem de vacuolas. Na célula as vacuolas se fundem entre si provocando um aumento do tamanho da célula em até cem vezes o normal, adquirindo um aspecto de célula de corpo estranho. Em um estágio posterior, a membrana se desorganiza e a célula se rompe eliminando seu conteúdo (o sebo) no canal sebáceo, logo as glândulas sebáceas são então classificadas como glândulas holócrinas.
O sebo é inodoro, mas o dano que ele causa às bactérias pode produzir odores. O sebo é a causa de algumas pessoas apresentarem cabelo "oleoso" se ele não for lavado por alguns dias.
Pêlos (ou pelos) são apêndices filiformes e coniformes da pele dos Mamíferos.
Em outros organismos (principalmente nos protozoários) os apêndices equivalentes chamam-se muitas vezes cílios ou flagelos. Nas plantas, estruturas semelhantes que, por exemplo, encontrem-se cobrindo folhas e caule, têm origem e estrutura diferentes e normalmente denominam-se tricomas.
Também denominados "hastes queratinizadas", os pêlos têm origem dérmica e são constituídos por queratina. São construídos pelo folículo piloso e possuem diversas funções, como por exemplo a de fornecer proteção mecânica e térmica.
Na secção transversal de um pêlo verifica-se a existência de três zonas, de dentro para fora: medula, córtex e cutícula. A espessura dos pêlos varia na casa dos centésimos de milímetros: por exemplo, os pêlos das barbas e sobrancelhas têm espessura de cerca de 0,03 mm. A espessura dos pêlos também varia em função da subespécie animal: por exemplo, nos humanos o pêlo é mais espesso na etnia negra que na etnia amarela, e ainda mais fino na etnia branca.
Os pêlos são lubrificados por uma substância denominada sebo, que é produzida pelas glândulas sebáceas. Já a cor dos pêlos é determinada pela quantidade de melanina existente: à medida em que envelhecemos a quantidade de melanina diminui, ocasionando o branqueamento dos pêlos.